E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a
campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Senhor ter
destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor. E escolheu Ló
para si, as campinas do Jordão.
“Apenas Ló… o homem justo”.
Não se enganem; de Deus não se zomba. Pois tudo o aquilo que o homem semear, isso ele colherá. – Lembre-se da esposa de Ló.
Não se ponham em
jugo desigual com os descrentes: pois que comunhão há entre o justo e o
injusto? E que comunhão há entre as luz e as trevas? Portanto saiam do
meio deles e se separem, diz o Senhor, e não se contaminem. – Não sejam
participantes com eles. Porque vocês estavam em trevas, mas agora estão
na luz do Senhor: andem como filhos da luz: provando o que é aceitável
ao Senhor e não tenham comunhão com as obras infrutíferas das trevas,
mas antes as reprovem.
(Gn. 13:10-11, 2 Pe. 2:7-8, Gl. 6:7, Lc. 17:32, 2 Co 6:14,17, Ef. 5:7,8,10,11).
(Gn. 13:10-11, 2 Pe. 2:7-8, Gl. 6:7, Lc. 17:32, 2 Co 6:14,17, Ef. 5:7,8,10,11).
Intolerância é a palavra da vez. Está na
boca do povo das mais variadas classes. Segundo o dicionário
MiniAurélio, versão eletrônica, a palavra tolerância significa: “1. Que desculpa; indulgente; 2. Que admite e respeita opiniões contrárias à sua”.
Já a palavra, acrescido do sufixo ‘in’, o antônimo intolerante, quer
dizer algo contrário, algo ou alguém não tolerante. A definição de
intolerante ainda está ligada à inflexibilidade, à intransigência, que
por sua vez significa severidade.
O que é mais notório, é que nunca,
intolerância está ligada à violência física ou verbal. Embora seu
significado esteja ligado à inflexibilidade, – e muitos infelizmente
fazem um link entre violência e intolerância –, ser inflexível, rígido,
não significa ser violento. O que nos leva a questionar o que é
violência, então? (Isto fica para outra oportunidade). Mas vamos sim,
pensar um pouco sobre intolerância e violência.
Desrespeitar não é uma atitude louvável,
mesmo que haja divergências de opiniões entre as partes, é necessário
respeito. É senso comum atualmente, ligar intolerância à violência. É
possível discordar de alguém sem lançar mão da violência. Não há motivos
para tal atitude grotesca. Pensemos um pouco sobre as questões em pauta
na nação brasileira, por exemplo, intolerância religiosa. Embora a
nação brasileira seja laica, há aqueles que defendem sua crença fazendo
agressões à fé alheia, seja física ou verbal.
Para nós cristãos, devemos entender que a
nossa regra de fé e prática, autoridade final é a Bíblia, escrita por
homens inspirados pelo Espírito Santo, sendo a Palavra de Deus para o
homem e a revelação suprema de quem Deus é e o Seu plano para a vida do
ser humano.
“Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. 2 Tm.
3:16,17.
“Porque a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois
gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.
Hb. 4:12
“Ecumenismo é o processo em busca da
unidade. O termo ecumênico vem do grego oikouméne, designando “toda a
terra habitada”. Então, num sentido mais restrito seria a união em favor
da unidade das igrejas cristãs, e no sentido lato a unidade entre as
religiões. O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que
visa à unificação das igreja cristãs (católica, ortodoxa e protestante).
A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a
cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as
diferentes igrejas cristãs. Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se
dizer que o ecumenismo é um movimento entre diversas denominações
cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, buscando superar as
divergências históricas e culturais, a partir de uma reconciliação
cristã que aceite a diversidade entre as igrejas”.[1]
Assim, é o processo em busca da unidade.
Mas em nome de uma unidade entre religiões diferentes a igreja cristã
entra num processo de apostasia.
No ano de 1930, o missionário americano
David McGraven, foi inquietado por uma pergunta: “Por que algumas
igrejas crescem e outras não?”. Em busca da resposta, percorreu vários
países e continentes, igrejas em busca da resposta. Tão apaixonado pelo
tema começou um instituto de pesquisa de crescimento de igrejas. Mais
tarde, em 1969, o Seminário Fuller na Califórnia o convidou para ir à
Califórnia, e abriu ali instituto. Naquela época a Igreja Cristã estava
enfrentando dois grandes problemas: o liberalismo e o seu filho
legítimo, ecumenismo. A igreja estava sendo devastada por estas duas
frentes. E a Igreja perdeu seu rumo.
Na Europa, o liberalismo entrou nos
seminários, foi para os púlpitos e o que tem surgido deste processo são
as conhecidas dead churches (igrejas mortas). Pois o liberalismo
teológico relativiza a Palavra, relativiza o pecado e relativiza a
verdade. Neste processo, surge o ecumenismo, pois ele sutilmente prega
que a verdade pode estar nos dois lados. Tanto um como o outro.
No Canadá, há igrejas que tem apenas
quinze ou vinte membros e cultos a cada três meses. Igrejas mortas.
Igrejas onde o liberalismo entrou e seu filho legítimo cometeu
“assassinato”.
Recentemente (17/03/2013) o cantor
Thalles Roberto esteve no programa “Esquenta” da Rede Globo. O tema do
programa neste dia era sobre tolerância. A apresentadora perguntou a
Thalles se a igreja dele era tolerante, e o mesmo respondeu que era,
pois a sua igreja o aceita como ele é. O programa falou sobre a
importância da tolerância entre as religiões, portanto levou ao ar um
meio encontro entre crenças.
A Igreja de Cristo, tem se enamorado
pelas coisas do mundo, deste século, e pelo pragmatismo (aquilo que dá
certo, aquilo que é mais fácil). Faz uso de métodos com o objetivo de
alcançar almas, mas que na realidade sua eficácia se torna em piedade
morta. A mídia tem tentado inculcar-nos que é mais fácil tolerar do que
confrontar, mesmo que seja em amor. Nisto, em nome da tolerância, a
Igreja tem dado as mãos à outras religiões, participado de eventos
ecumênicos como se fosse a coisa mais certa a se fazer. Afinal
precisamos de um mundo sem violência, um mundo hoje haja paz. Mas não
entendeu que violência e intolerância não são a mesma coisa.
Indignado com o que vi, postei no
Facebook: “Ecumenismo maldito”. Um colega questionou o que Jesus teria
dito sobre isso? A verdade é que para vermos o que Jesus teria dito
basta olharmos para as Escrituras:
“E ao anjo da igreja
de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como
chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: Eu conheço as
tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua
paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras. Mas
tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa,
ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos
sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da
sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e
sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se
arrependerem das suas obras.” Ap. 2:18-22
Releiamos o texto exposto no início deste post:
“Não se ponham em
jugo desigual com os descrentes: pois que comunhão há entre o justo e o
injusto? E que comunhão há entre as luz e as trevas? Portanto saiam do
meio deles e se separem, diz o Senhor, e não se contaminem. – Não sejam
participantes com eles. Porque vocês estavam em trevas, mas agora estão
na luz do Senhor: andem como filhos da luz: provando o que é aceitável
ao Senhor e não tenham comunhão com as obras infrutíferas das trevas,
mas antes as reprovem. (Gn. 13:10-11, 2 Pe. 2:7-8, Gl. 6:7, Lc. 17:32, 2
Co 6:14,17, Ef. 5:7,8,10,11)”.
De Deus não se zomba. Não se enganem!
Não estou defendendo a violência e
tampouco a falta de educação. Mas em nome de uma educação socialmente
moral e uma tolerância religiosa, a Igreja de Cristo acaba por vender
sua consciência e se esquece da verdade. É impossível haver comunicação
religiosa entre cristianismo e outra religião. Embora, particularmente
respeite a opinião do outro e sua escolha. Mas isto não me impede de
pregar o Evangelho como ele é, e dizer a verdade, ainda que doa e pareça
soar, eu disse, PAREÇA soar intolerante.
O verdadeiro cristão é tolerante com
pecadores, mas intolerante com o pecado. Tolerante com a ignorância da
cruz e do Evangelho, porém intolerante com o que contamina, intolerante
com heresias e o que o afasta da cruz. Mas em amor, sem violência. Em
amor pregando a verdade e apenas a verdade, custe o que custar.
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. 2 Tm.3:12
Não sejamos como a esposa de Ló – desobedientes, cegos e encantados pelas coisas fáceis e aparentemente bonitas.
Não viremos uma estátua de sal.
Tolerante e intolerante,
Em Cristo e em paz,
Anderson Alcides
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