sábado, 15 de outubro de 2011

CURSO: EVANGELISMO URBANO COM JOVENS

Este curso encontrei na net, particularmente adorei, e gostaria de compartilhar!!!


Pastor Márcio Tunala

tunala@ibb.org.br

Evangelismo Com Jovens – Plano de Ação

Dividido em 3 etapas (3 equipes distintas ou não): 

Equipe de rua:
Responsável pelos impactos: Dia do Amigo, Água da Vida, Jovens no parque, Freedom, A Vida Não é Droga, entre outros. Essa equipe será formada por pessoas que desejam falar de Jesus nas ruas através dos projetos mencionados acima.

Equipe de Recepção:
Responsável pela recepção dos visitantes que foram abordados nas ruas pela equipe de rua. Essa equipe será formada por jovens que gostam de receber e ter contato com outras pessoas. Colherá informações pessoais (telefones para contato, e-mail, msn, orkut...etc.) para manter um contato freqüente com o visitante. Em nossas reuniões do ministério JOB isto é feito especificamente com os visitantes.

Equipe de Discipulado:
Responsável por discipular às pessoas alcançadas nas operações externas e internas do ministério. 

A idéia geral de evangelismo do Vejo Mãos é baseada no acompanhamento dos jovens recém convertidos, através do discipulado. 

A recepção e o discipulado são muito importantes para que o resultado final seja realmente válido. Para nós não interessa a quantidade de pessoas abordadas, mas a qualidade com que foram abordadas. Pois nosso objetivo é que vidas sejam entregues a Cristo e permaneçam em Cristo! 

Processo do evangelismo: 

Ficha - O membro do Vejo Mãos que abordar alguém na rua, dará início a “ficha” da pessoa. Essa ficha será de acompanhamento. Quando essa pessoa for ao JOB, JOP ou a um dos cultos dominicais da IBB, tudo será registrado pelo membro que a convidou e pela equipe de recepção. Essa ficha ajudará a não esquecer a pessoa em questão. Através dessa ficha os responsáveis pela recepção poderão identificar uma célula adequada para esse jovem e uma pessoa específica para o discipulado. A partir do momento em que o jovem definitivamente fizer parte do corpo de Cristo terá sua ficha arquivada. 

Evento de Semeadura - Um evento, que tem a finalidade de quebrar as barreiras e repassar a mensagem de Cristo. Visa sinalizar valores e princípios não praticados. Atuações em campanhas de prevenção a drogas, sexo fora do casamento, violência, saúde, distribuição de literaturas, estes projetos são conhecidos como pré evangelísticos.

Evento de colheita - Apresentar de forma clara e objetiva o evangelho e levar o jovem a tomar uma decisão por Cristo. A idéia do culto é desafiar os jovens cristãos a trazerem colegas que não tenham tomado uma decisão de entrega a Cristo, mas, que já tinham plantada, em suas vidas, a semente da Palavra de Deus. Por isso, “colheita”.  

Um bom projeto evangelístico para nossos dias precisa ser:

Móvel – Jesus e seus Discípulos foram onde as pessoas estavam (no mercado, na montanha, na sinagoga e de cidade em cidade). Uma equipe preparada para as ruas nos permite levar a mensagem transformadora de Jesus ao coração de uma comunidade. Pode viajar de lugar a lugar e atuar em lugares chave como: escolas, centros comunitários e parques. Uma forma muito criativa em grandes centros urbanos é o evangelismo em “ônibus biarticulado” (linha de ônibus de Curitiba), trem, metrô, onde a Palavra é colocada de uma forma rápida e desafiadora, para que as pessoas ouçam a Palavra de Deus no intervalo de um ponto para o outro.
Atrativo – Programações que atraem rapidamente o interesse e a atenção da comunidade local. A curiosidade faz com que as pessoas se aproximem despertando o interesse por saber o que está acontecendo!
Versátil - O projeto precisa oferecer facilidades para diferentes programações. Algo simples e prático que proporcione uma confortável interação.
Interativo – As pessoas participam de todas as programações oferecidas. Isto proporciona uma maneira simples de interagirmos com o público.
Criativo - Usando o talento e a criatividade dos jovens, temos a oportunidade de apresentar o Evangelho nas ruas através de teatros, bandas, street dance e apresentações criativas. Nos eventos internos, ou realizado na igreja é necessário um pouco de descontração, transparência considerando a presença de pessoas que não estão habituadas a participar de eventos na igreja.
Planejado - Um dos principais objetivos do ministério é treinar e motivar os jovens. Participamos regularmente de diversas reuniões equipando jovens com ensinamentos bíblicos e ferramentas práticas para a vida cristã e evangelismo.

Estratégias de evangelismo

A Palavra de Deus de forma clara e objetiva nos convoca para a grande comissão.

No ministério jovem devemos ter a preocupação de cumprir esta ordenança que o próprio Senhor Jesus nos confiou.

Evangelizar é partilhar do amor de Deus revelado na nossa própria vida, compartilhar da transformação que Deus realizou em nós é prioridade na vida de qualquer cristão. Uma grande força que a igreja possui é a força jovem. Investir na capacitação de jovens para a evangelização é utilizar da sabedoria bíblica, que conforme registrado no livro de 1Jo2:14 diz: “eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós”. 

Externo - Uma necessidade eminente da igreja atual é, “sair das quatro paredes” e ir de encontro à sociedade. Nos parques, ruas, escolas, faculdades, empresas que encontramos a grande massa de pessoas que necessitam escutar do amor de Deus. A igreja precisa ser ousada, criativa e totalmente dependente do Espírito Santo de Deus para alcançar vidas e assim glorificá-lo.

Blitz – Uma forma criativa de abordagem evangelística a carros em semáforos. Alguns jovens abordariam os motoristas com literaturas (jornal da igreja, convites de eventos futuros, folhetos bíblicos, etc...) e outros com banner´s, faixas expondo a proposta da campanha ou divulgação. Essa estratégia é ideal para promover a igreja local no bairro e na cidade.

Batalhão da alegria - Palhaços, brincadeiras, pinturas, pulseiras das cores. Esta ferramenta tem como objetivo alcançar crianças com a palavra de Deus de forma divertida, criativa e didática. Devem ser utilizados em parques, escolas, hospitais, festas, igrejas, empresas e até mesmo pelas ruas. 

Stomp – Combinação de percussão, dança e comédia visual, produzindo sons extraordinários. Tem como finalidade aglomerar um grande número de pessoas. Entre uma apresentação e outros testemunhos serão dados.

Street Dance – É uma "dança de rua" que possui movimentos fortes, rápidos, sincronizados, simétricos e/ou assimétricos de pernas, braços, ombros e cabeça. Estes movimentos são valorizados através da expressão facial e corporal bem trabalhadas, bem como na utilização de músicas específicas para sua prática, onde “batida forte” é a sua maior característica. Tem sido uma forma criativa de apresentar a mensagem bíblica através da dança.

Teatro - O teatro traz para o palco não necessariamente como personagem, mas, como presença viva do Senhor Jesus.

Desde os que montam o espetáculo aos que representam, o objetivo e a razão do teatro é levar a palavra de DEUS até os jovens que o assistem.

Não cria apenas uma representação diferente, mas, glorifica a Deus. Esta é, sem dúvida, uma forma muito especial de levar a mensagem de Cristo. A mensagem com uma aplicação visual e interativa como o teatro é sempre muita bem guardada e memorizada. Por isso, em nossas reuniões e eventos evangelísticos e comemorativos sempre fazemos apresentações com o grupo de teatro. Fazendo dele uma parte complementar da mensagem pregada.

Pantomima - Podemos dizer que pantomima é uma espécie de teatro gestual, diferenciando-se da expressão corporal e da dança. “É a arte objetiva da mímica, de narrar histórias através do movimento corporal. A pantomima é usada como acessório dos comediantes, cômicos, clowns, atores, bailarinos, enfim, os intérpretes”. Mesmo sem a utilização da fala a pantomima apresenta Cristo com muita eficácia.

Torcida de Cristo – Esta ferramenta é utilizada em jogos esportivos. Um grupo de jovens surge no estádio ou ginásio, de preferência um grupo grande que seja percebido pelos demais, devidamente uniformizado com a camisa do time ou times que estão jogando e munido de faixas, banners, bandeiras com a campanha proposta, exemplos: “A vida não é droga: ,“Tempo de paz “(campanhas da Jubepar), “Jesus é 10”, folhetos evangelístico.

Esta é uma boa estratégia para ser utilizada em jogos da seleção brasileira, pois é jogo de uma só torcida. Este projeto é ideal ser realizado por várias igrejas para que o número de jovens seja considerável e chame a atenção da mídia, que levaria a um número imenso de pessoas a serem alcançadas com a mensagem. A campanha “Tempo de paz” é a ideal para este projeto, visto que a violência tem sido cada vez mais presente nas partidas de futebol. 

Água da Vida – esta é uma ferramenta apropriada para parques, onde pessoas que estão caminhando são abordadas no percurso e recebem um copo de água bem gelado, um folheto que apresenta Jesus como a Água da Vida e a afirmação do jovem da equipe Água da Vida que Jesus é a água da vida. 

Trilhas ecológicas – Uma estratégia bem fascinante, simples e de resultados práticos é a realização de caminhadas ecológicas, trilhas com motos e bike.
O grupo de jovens da igreja convida amigos não crentes para realizar as trilhas. Chegando ao local realiza-se um pequeno momento de adoração e, testemunhos do que Deus tem para realizar na vida dos jovens não crentes do grupo. No final do passeio é realizado um momento de oração, compartilhando pedidos e agradecimento considerando o não crente para que participe deste momento algo que normalmente acontece de forma natural.

SPD – Este projeto é uma ferramenta utilizada de forma individual. O jovem é treinado para dar seu testemunho pessoal em cinco minutos utilizando uma camisa com seguinte frase: SOU PROVA DISTO. Quando as pessoas no ambiente de trabalho, estudo, etc... questionarem a frase, o jovem dará seu testemunho pessoal afirmando que é prova do amor de Deus. Este projeto evangelístico foi desenvolvido e criado pelo ministério jovem da Primeira Igreja Batista de Curitiba. 

Evangelismo no parque: este evento evangelístico é sem dúvida um dos mais envolventes. Utiliza um grande número de jovens e recursos. As equipes, que são formadas por aproximadamente cinco jovens, são espalhadas em locais estratégicos, onde as pessoas que estão caminhando pelo parque são abordadas várias vezes com elementos totalmente diferenciados.

A mesma pessoa é abordada pela equipe da vida não é droga, mais a frente outras equipes estão trabalhando com as crianças (pintura de rostinhos, pintura de papel bobina, modelagem de balões e distribuição das pulseiras das cores), mais à frente a equipe do hip-hop está formada e a roda do break, apresentação de street, acontece aglomerando um grande número de pessoas. O grupo da saúde está em outro local medindo pressão, instruindo sobre higiene bucal e, tantas outras coisas podem ser agregadas na área da saúde. Mais à frente folhetos ou jornais da igreja são distribuídos à população. Temos assim diversas formas de abordagem para todas as faixas etárias no parque. 

Equipes possíveis para um evento no parque:

·         Recreação infantil (pintura de rostinhos, desenhos...)
·         Recreação infantil (pintura e desenhos em papel bobina)
·         Modelagem de balões
·         Pulseira (livro sem palavras)
·         Teatro infantil; Contador de história.
·         A Vida Não é Droga “Campanha de prevenção às drogas” (Jubepar)
·         Literatura – nosso jornal / convites de eventos futuros / folhetos / folder igreja...
·         Roda de pagode
·         Hip-hop
·         Saúde – medir pressão, higiene bucal…
·         Street dance
·         Pantomima
·         Sombra (dois ou três jovens caracterizados caminhando juntos)

OBS.: Crie equipes com as idéias do seu grupo de jovens.

Capelanias - Estes são ministérios que envolvem jovens no propósito de servir a Deus atendendo as necessidades de pessoas carentes de atenção. Áreas de atuação:

Casas lares
Presídios
Hospitais
Asilos  

Interno:
Dinamismo e criatividade precisam estar presentes em todas as atividades do ministério jovem. O meio no qual o jovem convive dispõe de toda sorte de ofertas para uma vida que não condiz com a Palavra de Deus. É necessário que nos encontros e eventos seja apresentada uma proposta de vida diferente. Ser um jovem cristão significa ter qualidade de vida, ser feliz e, sem nenhum constrangimento,romper com a proposta oferecida pelo mundo. Os programas realizados no ministério jovem precisam ter a cara do jovem e principalmente serem desenvolvidos pelos próprios jovens. 

Pós-culto - O pós-culto é uma estratégia de manter os jovens em comunhão. Normalmente após o termino do culto, alguns jovens vão para sua casa, outros para uma lanchonete, cinema. Um programa após o culto entre os jovens da igreja é positivo, pois gera maior convivência entre eles. Varias estratégias podem ser utilizadas para o pós-culto, como por exemplo: Assistir um show no telão, saboreando um sorvete ou lanche, uma banda pode estar tocando ao vivo ou até mesmo um momento para “curtir” alguns vídeos engraçados da internet. 

Bacacheri café – Este evento tem como objetivo criar um ambiente descontraído para receber amigos não crentes. Uma confraternização com um clima agradável, com um cardápio que sempre é apresentado direto nas mesas pela equipe de garçonetes, música ambiente, espaço que promova bate papos descontraídos com pequenos “breaks” onde um testemunho ou uma apresentação teatral acontece com objetivo de apresentar Cristo aos amigos visitantes.  

Soul de Deus - uma festa voltada para os anos 60 e 70 com o clima de músicas soul e toda a decoração do ambiente. Uma opção muito utilizada em nossos eventos são vídeos realizados pelo ministério levando os amigos presentes a conhecer um pouco da dinâmica do ministério ao longo dos meses. As festas precisam de decoração, equipe de recepção, e uma programação com objetivos claros para que a vida do jovem cristão seja apresentada exatamente como ela é quebrando paradigmas existentes na mente dos jovens não crentes. 

Acampamentos – costumamos marcar nossas datas para os acampamentos sempre em um grande feriado. No primeiro semestre, utilizamos a data do carnaval. Também realizamos um acampamento de inverno no segundo semestre, normalmente acontece nas datas de 12 de outubro ou 7 de setembro. Uma programação variada de cultos de adoração, palavra, oficinas, dinâmicas de grupo, festas e eventos de descontração com fatos pitorescos do ministério e ocorridos no próprio acampamento, o esporte é sempre um ponto alto com modalidades diferentes e jogos com simulações da vida cotidiana dos jovens tem sido algo que tem somado no crescimento espiritual do grupo. 

Shows – Normalmente com uma banda que já tenha um cd gravado ou a própria banda da igreja. 

Importante: O ativismo é um grande inimigo de qualquer ministério da igreja e utilizando pessoas certas em cada ação do ministério respeitando seus diferentes dons e talentos, ninguém ficará sobrecarregado. A igreja e a sociedade só têm a ganhar.

Campanhas Internas que Desafiam os Jovens:

Juventude +1 – Os jovens serão desafiados a investir na vida de um amigo que ainda não teve uma experiência com Deus ou um contato com a igreja. Através dos eventos como torcida de Cristo, trilhas ecológicas, festas e shows que ocorrerão conforme já planejado e agendado, o +1 (amigo em que se está investindo) já estará familiarizado com o grupo da igreja, com isso seu preconceito (existente na maioria das vezes) já terá mudado. E principalmente, seu estilo de vida estará em transformação, crescendo com os objetivos propostos pelo ministério de jovens. 

Estratégias do Job +1

+1 Bíblia – Campanha de doação de Bíblias aos amigos.

Semana quatro leis (quatro evangelizados) - O jovem é treinado e motivado a, naquela semana, evangelizar 4 jovens. Esta campanha leva o jovem a perceber quando ele não evangeliza. 

FreeDom – O nome surgiu da necessidade de usar nossos dons para a glória de Deus. Nós, em Deus, temos a liberdade de usarmos tudo que Ele nos dá. Em Cristo nós somos libertos. “Ora, o Senhor é o Espírito. E onde há Espírito do Senhor há liberdade”. 2Co3: 17. É realizado um grande culto explorando as diversas formas de louvor a Deus, utilizando o street dance, teatro, coreografia, músicas voltadas para o público jovem, neste evento a mensagem evangelística é acompanhada de testemunhos de jovens transformados pelo poder de Deus. 

APÊNDICE – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA JUVENTUDE URBANA ATUAL

Quem são os jovens hoje?

São todos aqueles que estão na faixa de 20 até 27 anos (faixa média, pode variar 2 anos para cima e para baixo).
Em recente pesquisa feita pela MTV brasileira, chamada de o “Dossiê Universo Jovem”, com participação de jovens de 15 a 30 anos das classes A, B e C de São Paulo, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre, apontou resultados significativos. Beleza virou de uma vez por todas um valor assumido, uma importante arma de conquista, e ganhou a atenção dos jovens: 37% definiram como principal característica de sua geração "ser vaidoso/preocupado demais com a aparência". Além disso, 8% declararam que "certamente estariam dispostos a ser 25% menos inteligentes se pudessem ser 25% mais bonitos", e outros 7% declararam que "provavelmente abririam mão de 25% de sua inteligência em troca da mesma porcentagem em beleza".

As respostas dão uma idéia de como está o perfil da juventude brasileira atual! Não se pode generalizar, mas, de uma maneira geral, é possível avaliar os valores considerados importantes para os jovens. Estar na universidade é questão de status. Adquirir conhecimento está em segundo plano. Para muito jovens o lance é curtir a vida. Entre 2 mil entrevistados, 37% escolheu a palavra “vaidade” para definir a juventude. 

O jovem brasileiro é: vaidoso, consumista, individualista, acomodado e impaciente.

Dados extraídos da Pesquisa MTV / Dossiê Universo Jovem.

Os rótulos não partem de nenhum psicólogo ou especialista em juventude, mas sim da própria geração. 

As principais necessidades dos jovens de acordo com pesquisa do Instituto Gallup são:

1. Conseguir credibilidade.
2. Receber amor e compreensão.
3. Sentir segurança.
4. Conhecer seu propósito e significado.
5. Ser escutados.
6. Ser valorizados.
7. Sentir-se apoiados em seus projetos. 

“Ser um jovem brasileiro é: sonhar com um bom trabalho; morar com os pais; acreditar em Deus; viver on-line; querer mudar o país” (Fonte: Revista Veja, junho de 2004)

Seja Um Jovem Diferente

Existe entre os jovens um sentimento comum de que eles são diferentes. Tento entender o que é ser diferente.

Bom, ser diferente é ter linguagem e visual próprio. É usar piercings, roupas grandes, tatuagens, falar gírias, mandar torpedos, mostrar a barriga, dormir tarde, estar plugado na  Internet e outras coisas mais. Para mim está claro que isto não é ser diferente, é ser igual.

A grande maioria dos jovens faz isto. Não existe nenhum problema em ser igual, porém observo que jovens que são iguais a muitos outros acham que são diferentes. Nessa sociedade, onde os valores são mutantes, e não são levadas em consideração as necessidades de hábitos relevantes para um relacionamento coletivo saudável, onde o eu é mais importante do que o nós e o meu é mais importante do que nosso, ser igual é um problema. Precisamos de jovens que sejam diferentes. O que é ser diferente? Bom, ser diferente é não ser igual. Afinal a juventude é igual ou diferente?  

Ser diferente em nossa sociedade é cultivar bons hábitos como: amizade verdadeira isenta de interesses, não usar as pessoas para alcançar os desejos pessoais, valorizar a unidade na família, investir em crescimento constante no relacionamento diário, vitórias na vida profissional, onde todos os colegas sejam beneficiados, ações pessoais em que os semelhantes menos favorecidos recebam ajuda.

Ser diferente hoje na nossa sociedade é amar a Deus de todo coração. Sem esta prática a realidade torna-se cruel e sem dúvida é a maior responsável pelo caos estabelecido na vida moral dos brasileiros. Para ser um jovem diferente é preciso buscar os valores divinos que a Bíblia nos traz. É preciso conhecer o modelo de vida vivido e ensinado por Jesus. É necessário romper com padrões impostos por desconhecidos em filmes, seriados e canais de tv, que não se preocupam com pessoas, mas com o numero de telespectadores, onde o bom senso não tem prioridade por não gerar ‘ibope’.

Viver dominado por valores divinos é manter-se longe dos valores profanos. É não ser escravo da pornografia que domina a Internet e que faz dez milhões de viciados em sexo no Brasil. (fonte: Revista Veja). É adorar a Deus e não ao seu próprio corpo. É procurar novos amigos e não parceiros sexuais, é reconhecer seus erros e não aceitá-los como normais. Jesus Cristo tem uma proposta de vida diferente para a juventude.
O padrão estabelecido pela sociedade é destrutivo e conduz os homens ao inferno.

Para onde você está caminhando? Todos nós estamos caminhando para um julgamento – o Julgamento Final,  e responderemos pelos erros cometidos.

No livro de Tiago capítulo 2, versículo 13 a Bíblia nos diz “porque será exercido juízo sem misericórdia”. Você sabe qual erro o levará ao inferno? Não reconhecer Jesus como Salvador e dono de sua vida. Quando isto acontece os sintomas são diversos: o descaso com a família, o abuso do próximo em práticas sexuais, o uso inadequado do próprio corpo com bebidas alcoólicas, drogas, anabolizantes, etc.
A mentira, a cobiça, a inveja, são desejos e sentimentos que são comuns nos jovens e que deveriam ser tratados como prejudiciais e inaceitáveis. O jovem deve rejeitar pensamentos e condutas que excluem o respeito ao próximo, negar uma postura de vida onde Deus não esteja no comando absoluto. Ser diferente é caminhar com Deus, falar sobre Deus e amar a Deus sobre todas as coisas. Ser diferente é ser apaixonado por Deus.  

Romanos 12: 2 “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. 

Geração tribal

Mauricinhos, patricinhas, rockabillies, hippies, rastafaris, metaleiros, casual, emo, indy, roqueiro, esportista, yups, japonise rock, mano, alternativos, ecléticos, punks, skinheads, rappers, white powers, clubbers, grunges, góticos, drag queens: esses são apenas alguns grupamentos juvenis, chamados pelos sociólogos de “tribos urbanas”. Cada dia é maior o número de tribos existentes e quando o líder souber a qual tribo o jovem pertence mais fácil será conseguir que o jovem o respeite e o ouça.

A Que Tribo Você Pertence?

É cada vez  maior o numero de tribos urbanas. Maior também o número de jovens e adolescentes que ingressam em uma maneira diferente de ser. Elas estão por toda a parte, basta procurar e encontrará dos mais incomuns aos mais discretos adeptos das tantas tribos que existem, com objetos e linguagem diferentes, hábitos e costumes que caracterizam  uma tribo urbana.

No Brasil um movimento que está em franco crescimento é o Hip-Hop. O que é na verdade o Hip-Hop? É um movimento cultural que surgiu nas comunidades afro-americanas do Bronx, Queens e Brooklyn de Nova Yorque no início dos anos 70. Parte da cultura se tornou bastante difundida durante as décadas de 1980 e 1990, por todo o mundo. O DJ Kool Herc é geralmente considerado como o criador do movimento, sendo creditado ao DJ Afrika Bambaataa o termo hip-hop para descrever a cultura.Os quatro elementos da cultura hip-hop são o MC (Rap), o DJ, o Grafitti e o Breaking. É cada vez maior a influência entre as crianças, mas são os pré-adolescentes, os adolescentes e os jovens que aderiram ao movimento e seu maior gueto são as escolas públicas. Este é, sem sombra de dúvida, o maior movimento urbano que prega contra as drogas e a violência. Infelizmente, essa parte boa do movimento não conta com muitos adeptos.

Muitas tribos são influenciadas pelo hip-hop, a principal é a tribo dos manos, outra são os ecléticos também conhecida como casual. Seus estilos de música preferidos, além do hip hop, são o pop e samba e também gostam de ir ao cinema. Admiram as Gangues de Nova York, utilizam piercing (comum de muitas tribos), têm tatuagens discretas pelo corpo. Suas roupas são básicas: jeans M.Officer, camiseta da Track & Field, Siberian e tênis Nike. Freqüentam baladas e festas na casa dos amigos. Sempre carregam na mochila da escola, além do material escolar, a carteira e chicletes.

Outra  tribo que cresce muito é a Emo e sua maior representação é a classe média. Emo (abreviação do inglês emotional hardcore) é um gênero de música. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington, DC que compunham num lirismo mais emotivo que o normal. Mas o modo de vestir, comportamento e atitude não agradam a sociedade brasileira. O último encontro desta tribo na cidade de Curitiba foi em um shopping center e aproximadamente quinhentos jovens invadiram o local com seu jeito diferente de ser: isso inclui roupas onde predominam o jeans, roxo, preto, maquiagem bem sombria, inclusive nos homens.

Esses jovens também utilizam muitos adereços pendurados como correntes, mochilas, piercing, cordões, anéis, chaveiros e outros.

No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste. Mas o modo de vestir, é semelhante  ao encontrado em outras tribos como os punks os góticos. Uma confirmação desta gera indignação em alguns emos. Os góticos são jovens que se vestem basicamente de preto e freqüentam bares e cemitérios, gostam de ler filosofia e consomem bebidas destiladas, curtem sentimentos como depressão, angústia, solidão, pois tais sentimentos são os que podem trazer maior crescimento. Namorar e manter relações sexuais em cemitérios é uma prática comum, mas, segundo eles, ler é sem dúvida o melhor passatempo. São poucos os adeptos que não tem o hábito de freqüentar cemitérios, no último inverno em visita ao Largo da Ordem, onde existe um ponto de encontro ao lado de uma igreja histórica, aproximadamente duzentos jovens estavam no local, semanalmente góticos vão até lá e depois alguns terminam a noite nos cemitérios onde contemplam o amanhecer. 

Conversando com alguns, percebi que a grande maioria não tinha conhecimento profundo sobre o que é ser gótico, estavam lá simplesmente envolvidos em um movimento e, assim, aos poucos, vão assumindo o jeito sombrio de ser. Quando falei com um jovem sobre Cristo ele alegou ser ateu: “não curto esta parada de religião não. Acredito em Deus”. Todos os outros jovens confirmaram isto. Eu perguntei para um deles a razão de estar carregando um crucifixo no peito. A resposta foi que aquilo era um símbolo dos góticos.

Imediatamente falei sobre a morte de Jesus na cruz, que era um método de punição utilizado pelos romanos. Ressaltei que a cruz se tornou um dos maiores símbolos do Cristianismo e que o fato de haver cruzes no cemitério era um costume muito antigo para identificar que naquele lugar estava enterrado um cristão.
Comentei que a palavra ghotica (ou gótica) estava ligada a arquitetura de templos medievais. Eles olharam para mim com ar de surpresa e nada disseram então,  eu brincando disse: “Parece que eu sou mais gótico que vocês!” . Eles riram. Uma jovem de aproximadamente 16 anos tinha uma grande cruz de prata no pescoço, só que a cruz era  de cabeça para baixo, perguntei a ela qual o significado da cruz naquela posição, ela me respondeu que era ghotica satanista. Eu nunca tinha ouvido falar de ghoticos satanistas. Eu disse a ela que satan é uma figura bíblica e que se ela acreditava em Satanás não poderia se apresentar como ateu, afinal ateu é o que não acredita em nada. Aderir a um movimento ou a uma tribo é algo que requer muito cuidado pois existe uma ideologia por trás do movimento. Muitas outras tribos urbanas têm ligação com hábitos e costumes desconhecidos pela maioria, pois não questionam os fatos.

O esporte é muito difundido em algumas tribos como os surfistas, motoqueiros, ciclistas que também têm seus estilos musicais e forma de vestir bem definida. Passam uma idéia de geração saúde, mas o consumo de drogas é presente em suas aventuras. O contato com a natureza é desculpa para “viagens”. Infelizmente, apenas uma minoria tem verdadeiro compromisso exclusivamente com o esporte e a saúde. Falando em tribos ligadas ao esporte, existe até uma tribo que se auto denomina esportista. Curtem MPB, reggae e rock, ouvem tanto banda de surfe e skate, (música californiana) quanto o pantaneiro Almir Sater. A maior paixão é pedalar. Têm bicicletas Aerotech e vão  a todo canto com elas. Gostam de fazer mountain bike e praticam artes marciais Uma de suas poucas vaidades é tosar os cabelos com máquina. O uniforme para o dia-a-dia é composto de bermuda de tactel com logomarcas oficiais de campeonatos de surfe e ralis, tênis Timberland e camiseta Hering. Seus programas noturnos preferidos são jantar e dormir cedo, de vez em quando vão a barzinhos calmos ou  pizzarias. Carregam sempre na mochila seus livros, carteira, celular e um canivete.

Outras tribos bem representadas nos grandes centros urbanas são os clubbers e ravers, marcados pela cultura da música eletrônica. Fundamentam-se em modelos subjetivos com características próprias da contemporaneidade que representa uma nova forma de viver nesse período histórico. O movimento clubber começou a surgir na década de 70, em um período pós-guerra do Vietnã. No entanto, foi na década de 80, na Inglaterra, que esse movimento se afirmou. Naquele  momento não só os clubbers estavam tentando se auto-afirmar dentro do sistema, mas também os punks, gays e outros. Os clubber se uniram para defender uma filosofia de paz, diversão e liberdade. Já no final dos anos 80 aconteciam as primeiras festas raves em Manchester (Inglaterra), derivadas das festas em clubs de Ibiza, Espanha, cujo som se denominava “balearic” (qualquer gênero dançante). Em seguida o  fenômeno se espalharia pela Alemanha, principalmente Berlim. Nos EUA (New York), as festas raves chegam em 1991. Toda a cena inglesa, ao final dos anos 80, era chamada de “acid house party". A terminologia não existia até então. O termo  Rave (delírio) surge para reforçar a relação da música eletrônica, com o esctasy e ácido lisérgico na busca por um estado alterado de consciência. São inúmeras as tribos e sem contar as extintas ou quase extintas como os hypies, darkes, não importa qual o seu estilo: de punk a pagodeiro; de headbanger a indie; de skatista a malabares; patricinha a mauricinho, de nerd a roqueiro, opção é o que não falta no contexto cultural urbano seja com piercing, tatuagem, mochila, All Star ou coturno... Um jovem tribal será sempre destacado por onde anda e pertencer a uma tribo é compartilhar com sua filosofia, que nem sempre é saudável, inclusive, na maioria das vezes a filosofia da tribo é desconhecida pelos jovens praticantes.

Tenho encontrado jovens tribais pelas igrejas. Percebo que jovens de famílias cristãs estão se envolvendo com tribos e que jovens de diversas tribos estão se interessando pela igreja. É por isso que jovens tribais estão mais freqüente nos cultos evangélicos.
Sei com certeza a que tribo pertenço e sigo sua ideologia com muita convicção. Sou da tribo do Leão de Judá. Jesus Cristo é muito mais que um modelo a ser seguido para mim. Ele é meu Senhor e Salvador e isso faz toda a diferença.

Aconselho a todos os jovens que são simpatizantes de qualquer tribo, que sejam  criteriosos e que busquem saber o porquê do modo de vestir,  de agir, dos hábitos e principalmente o porquê da ideologia das tribos. O apóstolo Paulo afirmou que era imitador de Cristo e isso sim eu quero ser.

Outro conselho a ser seguido por ele é: “Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão,  completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.” Filipenses 2. 1 e 2.

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