sábado, 6 de abril de 2013

Liberalismo, seu filho ecumenismo, Thalles Roberto no “Esquenta”


Thalles no Esquenta_Por Anderson Alcides
E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor. E escolheu Ló para si, as campinas do Jordão.
“Apenas Ló… o homem justo”.
Não se enganem; de Deus não se zomba. Pois tudo o aquilo que o homem semear, isso ele colherá. – Lembre-se da esposa de Ló.
Não se ponham em jugo desigual com os descrentes: pois que comunhão há entre o justo e o injusto? E que comunhão há entre as luz e as trevas? Portanto saiam do meio deles e se separem, diz o Senhor, e não se contaminem. – Não sejam participantes com eles. Porque vocês estavam em trevas, mas agora estão na luz do Senhor: andem como filhos da luz: provando o que é aceitável ao Senhor e não tenham comunhão com as obras infrutíferas das trevas, mas antes as reprovem.
(Gn. 13:10-11, 2 Pe. 2:7-8, Gl. 6:7, Lc. 17:32, 2 Co 6:14,17, Ef. 5:7,8,10,11).
Intolerância é a palavra da vez. Está na boca do povo das mais variadas classes. Segundo o dicionário MiniAurélio, versão eletrônica, a palavra tolerância significa: “1. Que desculpa; indulgente; 2. Que admite e respeita opiniões contrárias à sua”. Já a palavra, acrescido do sufixo ‘in’, o antônimo intolerante, quer dizer algo contrário, algo ou alguém não tolerante. A definição de intolerante ainda está ligada à inflexibilidade, à intransigência, que por sua vez significa severidade.
O que é mais notório, é que nunca, intolerância está ligada à violência física ou verbal. Embora seu significado esteja ligado à inflexibilidade, – e muitos infelizmente fazem um link entre violência e intolerância –, ser inflexível, rígido, não significa ser violento. O que nos leva a questionar o que é violência, então? (Isto fica para outra oportunidade). Mas vamos sim, pensar um pouco sobre intolerância e violência.
Desrespeitar não é uma atitude louvável, mesmo que haja divergências de opiniões entre as partes, é necessário respeito. É senso comum atualmente, ligar intolerância à violência. É possível discordar de alguém sem lançar mão da violência. Não há motivos para tal atitude grotesca. Pensemos um pouco sobre as questões em pauta na nação brasileira, por exemplo, intolerância religiosa. Embora a nação brasileira seja laica, há aqueles que defendem sua crença fazendo agressões à fé alheia, seja física ou verbal.
Para nós cristãos, devemos entender que a nossa regra de fé e prática, autoridade final é a Bíblia, escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo, sendo a Palavra de Deus para o homem e a revelação suprema de quem Deus é e o Seu plano para a vida do ser humano.
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. 2 Tm. 3:16,17.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Hb. 4:12
“Ecumenismo é o processo em busca da unidade. O termo ecumênico vem do grego oikouméne, designando “toda a terra habitada”. Então, num sentido mais restrito seria a união em favor da unidade das igrejas cristãs, e no sentido lato a unidade entre as religiões. O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igreja cristãs (católica, ortodoxa e protestante). A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs. Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se dizer que o ecumenismo é um movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, buscando superar as divergências históricas e culturais, a partir de uma reconciliação cristã que aceite a diversidade entre as igrejas”.[1]
Assim, é o processo em busca da unidade. Mas em nome de uma unidade entre religiões diferentes a igreja cristã entra num processo de apostasia.
No ano de 1930, o missionário americano David McGraven, foi inquietado por uma pergunta: “Por que algumas igrejas crescem e outras não?”. Em busca da resposta, percorreu vários países e continentes, igrejas em busca da resposta. Tão apaixonado pelo tema começou um instituto de pesquisa de crescimento de igrejas. Mais tarde, em 1969, o Seminário Fuller na Califórnia o convidou para ir à Califórnia, e abriu ali instituto. Naquela época a Igreja Cristã estava enfrentando dois grandes problemas: o liberalismo e o seu filho legítimo, ecumenismo. A igreja estava sendo devastada por estas duas frentes. E a Igreja perdeu seu rumo.
Na Europa, o liberalismo entrou nos seminários, foi para os púlpitos e o que tem surgido deste processo são as conhecidas dead churches (igrejas mortas). Pois o liberalismo teológico relativiza a Palavra, relativiza o pecado e relativiza a verdade. Neste processo, surge o ecumenismo, pois ele sutilmente prega que a verdade pode estar nos dois lados. Tanto um como o outro.
No Canadá, há igrejas que tem apenas quinze ou vinte membros e cultos a cada três meses. Igrejas mortas. Igrejas onde o liberalismo entrou e seu filho legítimo cometeu “assassinato”.
Recentemente (17/03/2013) o cantor Thalles Roberto esteve no programa “Esquenta” da Rede Globo. O tema do programa neste dia era sobre tolerância. A apresentadora perguntou a Thalles se a igreja dele era tolerante, e o mesmo respondeu que era, pois a sua igreja o aceita como ele é. O programa falou sobre a importância da tolerância entre as religiões, portanto levou ao ar um meio encontro entre crenças.
A Igreja de Cristo, tem se enamorado pelas coisas do mundo, deste século, e pelo pragmatismo (aquilo que dá certo, aquilo que é mais fácil). Faz uso de métodos com o objetivo de alcançar almas, mas que na realidade sua eficácia se torna em piedade morta. A mídia tem tentado inculcar-nos que é mais fácil tolerar do que confrontar, mesmo que seja em amor. Nisto, em nome da tolerância, a Igreja tem dado as mãos à outras religiões, participado de eventos ecumênicos como se fosse a coisa mais certa a se fazer. Afinal precisamos de um mundo sem violência, um mundo hoje haja paz. Mas não entendeu que violência e intolerância não são a mesma coisa.
Indignado com o que vi, postei no Facebook: “Ecumenismo maldito”. Um colega questionou o que Jesus teria dito sobre isso? A verdade é que para vermos o que Jesus teria dito basta olharmos para as Escrituras:
“E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras. Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.” Ap. 2:18-22
Releiamos o texto exposto no início deste post:
“Não se ponham em jugo desigual com os descrentes: pois que comunhão há entre o justo e o injusto? E que comunhão há entre as luz e as trevas? Portanto saiam do meio deles e se separem, diz o Senhor, e não se contaminem. – Não sejam participantes com eles. Porque vocês estavam em trevas, mas agora estão na luz do Senhor: andem como filhos da luz: provando o que é aceitável ao Senhor e não tenham comunhão com as obras infrutíferas das trevas, mas antes as reprovem. (Gn. 13:10-11, 2 Pe. 2:7-8, Gl. 6:7, Lc. 17:32, 2 Co 6:14,17, Ef. 5:7,8,10,11)”.
De Deus não se zomba. Não se enganem!
Não estou defendendo a violência e tampouco a falta de educação. Mas em nome de uma educação socialmente moral e uma tolerância religiosa, a Igreja de Cristo acaba por vender sua consciência e se esquece da verdade. É impossível haver comunicação religiosa entre cristianismo e outra religião. Embora, particularmente respeite a opinião do outro e sua escolha. Mas isto não me impede de pregar o Evangelho como ele é, e dizer a verdade, ainda que doa e pareça soar, eu disse, PAREÇA soar intolerante.
O verdadeiro cristão é tolerante com pecadores, mas intolerante com o pecado. Tolerante com a ignorância da cruz e do Evangelho, porém intolerante com o que contamina, intolerante com heresias e o que o afasta da cruz. Mas em amor, sem violência. Em amor pregando a verdade e apenas a verdade, custe o que custar.
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. 2 Tm.3:12
Não sejamos como a esposa de Ló – desobedientes, cegos e encantados pelas coisas fáceis e aparentemente bonitas.
Não viremos uma estátua de sal.
Tolerante e intolerante,
Em Cristo e em paz,
Anderson Alcides

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